Liturgia diária: Dia 21 de Fevereiro - Sexta-feira VI SEMANA DO TEMPO COMUM * (Verde – Ofício do dia)
Antífona da entrada:
Sede o rochedo que me abriga, a casa bem defendida que me salva. Sois
minha fortaleza e minha rocha; para honra do vosso nome, vós me conduzis
e alimentais (Sl 30,3s).
Oração do dia
Ó Deus, que prometestes permanecer nos corações sinceros e
retos, dai-nos, por vossa graça, viver de tal modo, que possais habitar
em nós. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do
Espírito Santo.
Leitura (Tiago 2,14-24.26)
Leitura da Carta de São Tiago.
2 14 De que aproveitará, irmãos, a alguém dizer que tem fé, se não tiver obras? Acaso esta fé poderá salvá-lo?
15 Se a um irmão ou a uma irmã faltarem roupas e o alimento cotidiano,
16 e algum de vós lhes disser: “Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos”, mas não lhes der o necessário para o corpo, de que lhes aproveitará?
17 Assim também a fé: se não tiver obras, é morta em si mesma.
18 Mas alguém dirá: “Tu tens fé, e eu tenho obras. Mostra-me a tua fé sem obras e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras”.
19 Crês que há um só Deus. Fazes bem. Também os demônios crêem e tremem.
20 Queres ver, ó homem vão, como a fé sem obras é estéril?
21 Abraão, nosso pai, não foi justificado pelas obras, oferecendo o seu filho Isaac sobre o altar?
22 Vês como a fé cooperava com as suas obras e era completada por elas.
23 Assim se cumpriu a Escritura, que diz: “Abraão creu em Deus e isto lhe foi tido em conta de justiça”, e foi chamado amigo de Deus.
24 Vedes como o homem é justificado pelas obras e não somente pela fé?
26 Assim como o corpo sem a alma é morto, assim também a fé sem obras é morta.
Palavra do Senhor.
2 14 De que aproveitará, irmãos, a alguém dizer que tem fé, se não tiver obras? Acaso esta fé poderá salvá-lo?
15 Se a um irmão ou a uma irmã faltarem roupas e o alimento cotidiano,
16 e algum de vós lhes disser: “Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos”, mas não lhes der o necessário para o corpo, de que lhes aproveitará?
17 Assim também a fé: se não tiver obras, é morta em si mesma.
18 Mas alguém dirá: “Tu tens fé, e eu tenho obras. Mostra-me a tua fé sem obras e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras”.
19 Crês que há um só Deus. Fazes bem. Também os demônios crêem e tremem.
20 Queres ver, ó homem vão, como a fé sem obras é estéril?
21 Abraão, nosso pai, não foi justificado pelas obras, oferecendo o seu filho Isaac sobre o altar?
22 Vês como a fé cooperava com as suas obras e era completada por elas.
23 Assim se cumpriu a Escritura, que diz: “Abraão creu em Deus e isto lhe foi tido em conta de justiça”, e foi chamado amigo de Deus.
24 Vedes como o homem é justificado pelas obras e não somente pela fé?
26 Assim como o corpo sem a alma é morto, assim também a fé sem obras é morta.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 111/112
Feliz é todo aquele
Que ama com carinho a lei do Senhor Deus!
Feliz o homem que respeita o Senhor
e que ama com carinho a sua lei!
Sua descendência será forte sobre a terra,
abençoada a geração dos homens retos!
Haverá glória e riqueza em sua casa,
e permanece para sempre o bem que fez.
Ele é correto, generoso e compassivo,
como luz brilha nas trevas para os justos.
Feliz o homem caridoso e prestativo,
que resolve seus negócios com justiça.
Porque jamais vacilará o homem reto,
sua lembrança permanece eternamente!
Que ama com carinho a lei do Senhor Deus!
Feliz o homem que respeita o Senhor
e que ama com carinho a sua lei!
Sua descendência será forte sobre a terra,
abençoada a geração dos homens retos!
Haverá glória e riqueza em sua casa,
e permanece para sempre o bem que fez.
Ele é correto, generoso e compassivo,
como luz brilha nas trevas para os justos.
Feliz o homem caridoso e prestativo,
que resolve seus negócios com justiça.
Porque jamais vacilará o homem reto,
sua lembrança permanece eternamente!
Evangelho (Marcos 8,34-9,1)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu vos chamo meus amigos, pois vos dei a conhecer o que o Pai me revelou (Jo 15,15).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
Naquele tempo, 8 34 Jesus, convocando a multidão juntamente com os seus discípulos, disse-lhes: "Se alguém me quer seguir, renuncie-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.
35 Porque o que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas o que perder a sua vida por amor de mim e do Evangelho, salvá-la-á.
36 Pois que aproveitará ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder a sua vida?
37 Ou que dará o homem em troca da sua vida?
38 Porque, se nesta geração adúltera e pecadora alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras, também o Filho do homem se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai com os seus santos anjos".
9 1 E dizia-lhes: "Em verdade vos digo: dos que aqui se acham, alguns há que não experimentarão a morte, enquanto não virem chegar o Reino de Deus com poder".
Palavra da Salvação.
Eu vos chamo meus amigos, pois vos dei a conhecer o que o Pai me revelou (Jo 15,15).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
Naquele tempo, 8 34 Jesus, convocando a multidão juntamente com os seus discípulos, disse-lhes: "Se alguém me quer seguir, renuncie-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.
35 Porque o que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas o que perder a sua vida por amor de mim e do Evangelho, salvá-la-á.
36 Pois que aproveitará ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder a sua vida?
37 Ou que dará o homem em troca da sua vida?
38 Porque, se nesta geração adúltera e pecadora alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras, também o Filho do homem se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai com os seus santos anjos".
9 1 E dizia-lhes: "Em verdade vos digo: dos que aqui se acham, alguns há que não experimentarão a morte, enquanto não virem chegar o Reino de Deus com poder".
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
O CAMINHO DA CRUZ
O discipulado comporta três atitudes radicais. Tudo começa com a renúncia de si mesmo. É preciso abrir mão dos projetos pessoais e submetê-los às exigências do Reino. Romper com o próprio egoísmo, que faz o indivíduo girar em torno de si mesmo, e colocar o próximo e suas carências no centro de suas preocupações. Deixar de lado os preconceitos e formas de pensar que não estão de acordo com o projeto do Reino. Positivamente, a renúncia do discípulo supõe aceitar a liberdade própria do Reino, que lhe descortina um horizonte infinito de possibilidades de amar e fazer o bem.
O passo seguinte consiste em tomar a sua cruz. Ou seja, ser capaz de enfrentar as conseqüências de sua opção, sem se intimidar ou deixar arrefecer o entusiasmo inicial. A cruz do discípulo é a cruz do testemunho verdadeiro de sua fé que, ao defrontar-se com a iniqüidade, provoca reações de hostilidade, cujo ápice é a morte cruel e violenta. É também a cruz do desprezo, rejeição, zombaria e exclusão, por causa da fidelidade ao Reino e pela coragem de não pactuar com as solicitações do mal.
Por fim, o discípulo está em condições de aceitar o convite siga-me. E fazer do caminho de Jesus seu próprio caminho e do projeto de Jesus seu próprio projeto. Quem perde a própria vida, acaba encontrando a verdadeira vida, a que Jesus tem para oferecer.
Oração
Senhor Jesus, confirma em mim o desejo de deixar tudo para te seguir e encontrar a vida verdadeira que tu tens para oferecer.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
O discipulado comporta três atitudes radicais. Tudo começa com a renúncia de si mesmo. É preciso abrir mão dos projetos pessoais e submetê-los às exigências do Reino. Romper com o próprio egoísmo, que faz o indivíduo girar em torno de si mesmo, e colocar o próximo e suas carências no centro de suas preocupações. Deixar de lado os preconceitos e formas de pensar que não estão de acordo com o projeto do Reino. Positivamente, a renúncia do discípulo supõe aceitar a liberdade própria do Reino, que lhe descortina um horizonte infinito de possibilidades de amar e fazer o bem.
O passo seguinte consiste em tomar a sua cruz. Ou seja, ser capaz de enfrentar as conseqüências de sua opção, sem se intimidar ou deixar arrefecer o entusiasmo inicial. A cruz do discípulo é a cruz do testemunho verdadeiro de sua fé que, ao defrontar-se com a iniqüidade, provoca reações de hostilidade, cujo ápice é a morte cruel e violenta. É também a cruz do desprezo, rejeição, zombaria e exclusão, por causa da fidelidade ao Reino e pela coragem de não pactuar com as solicitações do mal.
Por fim, o discípulo está em condições de aceitar o convite siga-me. E fazer do caminho de Jesus seu próprio caminho e do projeto de Jesus seu próprio projeto. Quem perde a própria vida, acaba encontrando a verdadeira vida, a que Jesus tem para oferecer.
Oração
Senhor Jesus, confirma em mim o desejo de deixar tudo para te seguir e encontrar a vida verdadeira que tu tens para oferecer.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
Sobre as oferendas
Ó Deus, que este sacrifício nos purifique e renove e seja
fonte de eterna recompensa para os que fazem a vossa vontade. Por
Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Eles comeram e beberam à vontade; o Senhor satisfizera os seus desejos (Sl 77,29s)
Depois da comunhão
Ó Deus, que nos fizestes provar as alegrias do céu, dai-nos
desejar sempre o alimento que nos traz a verdadeira vida. Por Cristo,
nosso Senhor.
MEMÓRIA FACULTATIVA
SÃO PEDRO DAMIÃO
(Branco – Ofício da memória)
Oração do dia: Ó Pai
todo-poderoso, daí-nos seguir as exortações e o exemplo de são Pedro
Damião, para que, nada antepondo a Cristo e servindo sempre à vossa
Igreja, cheguemos às alegrias da luz eterna. Por Nosso Senhor Jesus
Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Sobre as oferendas:
Olhai com bondade, ó Deus, o sacrifício que vamos oferecer em vosso
altar na festa de são Pedro Damião, para que, alcançando-nos o perdão,
glorifique o vosso nome. Por Cristo, nosso Senhor.
Depois da comunhão:
Alimentados pela eucaristia, nós vos pedimos, ó Deus, que, seguindo o
exemplo de são Pedro Damião, procuremos proclamar a fé que abraçou e
praticar a doutrina que ensinou. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (SÃO PEDRO DAMIÃO):
Pedro nasceu em Ravena, em 1007.
Teve uma infância muito sofrida, ficou órfão muito cedo e foi criado de
forma improvisada pelos irmãos que eram em grande número. Mesmo assim, o
irmão mais velho, Damião, acabou por se responsabilizar sozinho por
seus estudos. Estudou em Ravena, Faenza e Pádua e depois de ter ensinado
em Parma, ingressou no mosteiro camaldulense de Fonte Avelana, na
Úmbria, que se tornou o centro de suas atividades reformadoras. Pedro,
em retribuição à seu irmão Damião, assumiu também o seu nome ao se
ordenar sacerdote.
Pedro Damião, aos vinte e um anos, então na Ordem Camaldulense, por seus
méritos logo tornou o superior diretor. As regras da Ordem já eram
duras, mas ele as tornou mais rígidas ainda. Passou a criticar
severamente conventos onde não havia pobreza e sua influência se
estendeu por mosteiros da Itália e da França, entre eles Montecassino e
Cluny, que passaram a seguir seus conceitos. Com seu reformismo,
trabalhou incansavelmente para devolver à vida religiosa seu sentido de
consagração total a Deus, na austeridade da solidão e da penitência.
Pedro Damião era um sacerdote contemplativo, de vida simples, adepto à
vida monástica e desse modo singular atacava o luxo dos cardeais. Citava
os apóstolos Pedro e Paulo como exemplos, pois percorreram o mundo para
evangelizar, sendo magros e andando descalços, ou seja, para levar a
Palavra de Deus, era necessário sobretudo se despojar dos apegos
materiais. Foi desse modo que solidificou a austeridade religiosa e como
viveu toda sua existência terrena.
Seu trabalho não parou aí. Havia, na época, a venda de títulos, funções e
cargos da Igreja, como se fazia com os títulos feudais. A essa troca de
favores se deu o nome de simonia clerical. O ato de comprar ou vender
benesses espirituais, era antigo e esse nome deriva de Simão, o Mago,
que procurou comprar dos Apóstolos graças espirituais. Dessa forma,
cargos da Igreja acabavam ocupados por pessoas despreparadas e indignas
que se rebelavam contra a disciplina exigida deles, principalmente com
relação ao celibato.
A Igreja, assim dilacerada, vitimada pelas discórdias e cismas, tinha
necessidade de homens cultos e austeros como padre Pedro Damião. Por
isso, ele foi chamado à Santa Se para auxiliar nesses combates. Esteve
ao lado de seis papas, como viajante da paz, e em particular colaborou
com o cardeal Hildebrando, o grande reformador que se tornou o Papa
Gregório VII.
Pedro Damião após várias peregrinações à cidade de Milão, à França e à
Alemanha, se tornou cardeal e foi designado para a diocese de Óstia.
Seus escritos, após a sua morte, prosseguiram doutrinando religiosos
importantes. Aos poucos, a situação da Igreja foi se normalizando. Já
velho, foi enviado à Ravena para recompor a questão do antipapa. Morreu
em 1072, na cidade italiana de Faenza, quando voltava de uma missão de
paz.
A fama de sua santidade em vida se cristalizou junto aos fiéis, que
então passaram a venerá-lo como santo. Em 1828 o papa Leão XII declarou
Santo Pedro Damião e o proclamou também doutor da Igreja, por seus
numerosos escritos teológicos e pela incansável e eficiente atuação para
a unidade da Santa Mãe, a Igreja Católica de Roma.
Fonte das leituras: Canção Nova
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