Liturgia diária: DIA 13 DE SETEMBRO - SÁBADO SÃO JOÃO CRISÓSTOMO BISPO E DOUTOR (BRANCO, PREFÁCIO COMUM OU DOS PASTORES – OFÍCIO DA MEMÓRIA)
Antífona da entrada: Velarei sobre as minhas ovelhas, diz o Senhor; chamarei um pastor que as conduza e serei o seu Deus (Ez 34,11.23s).
Oração do dia
Ó Deus, força dos que em vós esperam, que fizestes brilhar na vossa Igreja o bispo são João Crisóstomo por admirável eloqüência e grande coragem nas provações, daí-nos seguir os seus ensinamentos e robustecer-nos com sua invencível fortaleza. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (1 Coríntios 10,14-22)
Leitura da primeira carta de são Paulo aos Coríntios.
10 14 Portanto, caríssimos meus, fugi da idolatria.
15 Falo como a pessoas sensatas; julgai vós mesmos o que digo.
16 O cálice de bênção, que benzemos, não é a comunhão do sangue de Cristo? E o pão, que partimos, não é a comunhão do corpo de Cristo?
17 Uma vez que há um único pão, nós, embora sendo muitos, formamos um só corpo, porque todos nós comungamos do mesmo pão.
18 Considerai Israel segundo a carne: não entram em comunhão com o altar os que comem as vítimas?
19 Que quero afirmar com isto? Que a carne sacrificada aos ídolos ou o próprio ídolo são alguma coisa?
20 Não! As coisas que os pagãos sacrificam, sacrificam-nas a demônios e não a Deus. E eu não quero que tenhais comunhão com os demônios.
21 Não podeis beber ao mesmo tempo o cálice do Senhor e o cálice dos demônios. Não podeis participar ao mesmo tempo da mesa do Senhor e da mesa dos demônios.
22 Ou queremos provocar a ira do Senhor? Acaso somos mais fortes do que ele?
Palavra do Senhor.
10 14 Portanto, caríssimos meus, fugi da idolatria.
15 Falo como a pessoas sensatas; julgai vós mesmos o que digo.
16 O cálice de bênção, que benzemos, não é a comunhão do sangue de Cristo? E o pão, que partimos, não é a comunhão do corpo de Cristo?
17 Uma vez que há um único pão, nós, embora sendo muitos, formamos um só corpo, porque todos nós comungamos do mesmo pão.
18 Considerai Israel segundo a carne: não entram em comunhão com o altar os que comem as vítimas?
19 Que quero afirmar com isto? Que a carne sacrificada aos ídolos ou o próprio ídolo são alguma coisa?
20 Não! As coisas que os pagãos sacrificam, sacrificam-nas a demônios e não a Deus. E eu não quero que tenhais comunhão com os demônios.
21 Não podeis beber ao mesmo tempo o cálice do Senhor e o cálice dos demônios. Não podeis participar ao mesmo tempo da mesa do Senhor e da mesa dos demônios.
22 Ou queremos provocar a ira do Senhor? Acaso somos mais fortes do que ele?
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 115/116
Oferto ao Senhor um sacrifício de louvor.
Que poderei retribuir ao Senhor Deus
por tudo aquilo que ele fez em meu favor?
Elevo o cálice da minha salvação,
invocando o nome santo do Senhor.
Por isso oferto um sacrifício de louvor,
invocando o nome santo do Senhor.
Vou cumprir minhas promessas ao Senhor
na presença de seu povo reunido.
Que poderei retribuir ao Senhor Deus
por tudo aquilo que ele fez em meu favor?
Elevo o cálice da minha salvação,
invocando o nome santo do Senhor.
Por isso oferto um sacrifício de louvor,
invocando o nome santo do Senhor.
Vou cumprir minhas promessas ao Senhor
na presença de seu povo reunido.
Evangelho (Lucas 6,43-49)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Quem me ama, realmente, guardará minha palavra e meu Pai o amará, e a ele nós viremos (Jo 14,23).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
6 43 Disse Jesus aos seus discípulos: “Uma árvore boa não dá frutos maus, uma árvore má não dá bom fruto.
44 Porquanto cada árvore se conhece pelo seu fruto. Não se colhem figos dos espinheiros, nem se apanham uvas dos abrolhos.
45 O homem bom tira coisas boas do bom tesouro do seu coração, e o homem mau tira coisas más do seu mau tesouro, porque a boca fala daquilo de que o coração está cheio.
46 Por que me chamais: ‘Senhor, Senhor. e não fazeis o que digo?’
47 Todo aquele que vem a mim ouve as minhas palavras e as pratica, eu vos mostrarei a quem é semelhante.
48 É semelhante ao homem que, edificando uma casa, cavou bem fundo e pôs os alicerces sobre a rocha. As águas transbordaram, precipitaram-se as torrentes contra aquela casa e não a puderam abalar, porque ela estava bem construída.
49 Mas aquele que as ouve e não as observa é semelhante ao homem que construiu a sua casa sobre a terra movediça, sem alicerces. A torrente investiu contra ela, e ela logo ruiu; e grande foi a ruína daquela casa”.
Palavra da Salvação.
Quem me ama, realmente, guardará minha palavra e meu Pai o amará, e a ele nós viremos (Jo 14,23).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
6 43 Disse Jesus aos seus discípulos: “Uma árvore boa não dá frutos maus, uma árvore má não dá bom fruto.
44 Porquanto cada árvore se conhece pelo seu fruto. Não se colhem figos dos espinheiros, nem se apanham uvas dos abrolhos.
45 O homem bom tira coisas boas do bom tesouro do seu coração, e o homem mau tira coisas más do seu mau tesouro, porque a boca fala daquilo de que o coração está cheio.
46 Por que me chamais: ‘Senhor, Senhor. e não fazeis o que digo?’
47 Todo aquele que vem a mim ouve as minhas palavras e as pratica, eu vos mostrarei a quem é semelhante.
48 É semelhante ao homem que, edificando uma casa, cavou bem fundo e pôs os alicerces sobre a rocha. As águas transbordaram, precipitaram-se as torrentes contra aquela casa e não a puderam abalar, porque ela estava bem construída.
49 Mas aquele que as ouve e não as observa é semelhante ao homem que construiu a sua casa sobre a terra movediça, sem alicerces. A torrente investiu contra ela, e ela logo ruiu; e grande foi a ruína daquela casa”.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
O TESOURO DO CORAÇÃO
O discípulo do Reino não se deixa enganar pelos hipócritas. Jesus ofereceu-lhe pistas para desmascará-los. O sinal indicativo de que alguém renunciou à sua condição de discípulo é começar a praticar a iniqüidade. Os frutos ruíns indicam a qualidade da árvore. Quando a vida de alguém é pontilhada de gestos incompatíveis com sua condição de discípulo, é como a árvore imprestável, que só produz maus frutos.
Os hipócritas não conseguiram ludibriar Jesus. Para que ficar invocando o Senhor apesar de nutrir ódio pelo próximo? Jesus não se deixava impressionar por palavreado bonito. Para ele, importava passar da palavra para a ação. Esta passagem foi ilustrada com a imagem da casa construída com bons alicerces e aquela construída à flor da terra. É fácil perceber o destino de cada uma delas. A primeira se mantém apesar das enchentes, por ter alicerces fortes. A segunda desaba em ruínas, por ter sido construída sem suficiente ponderação.
Quando a pessoa fala ou age, acaba por revelar o tesouro que guarda escondido dentro de si. Quem é bom deixa patente sua bondade interior, realizando gestos de amor. Quem é mau, acostumado a prevalecer-se contra os outros, só poderá tirar do seu coração o que não é bom. Tampouco tem escrúpulo de ludibriar e explorar o seu próximo. A bondade está na ação. Quem é realmente bom será sempre capaz de amar e fazer o bem.
Oração
Senhor Jesus, que eu não me engane, pensando agradar-vos com palavras bonitas, pois são minhas ações que revelarão o tesouro que trago dentro de mim.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
O discípulo do Reino não se deixa enganar pelos hipócritas. Jesus ofereceu-lhe pistas para desmascará-los. O sinal indicativo de que alguém renunciou à sua condição de discípulo é começar a praticar a iniqüidade. Os frutos ruíns indicam a qualidade da árvore. Quando a vida de alguém é pontilhada de gestos incompatíveis com sua condição de discípulo, é como a árvore imprestável, que só produz maus frutos.
Os hipócritas não conseguiram ludibriar Jesus. Para que ficar invocando o Senhor apesar de nutrir ódio pelo próximo? Jesus não se deixava impressionar por palavreado bonito. Para ele, importava passar da palavra para a ação. Esta passagem foi ilustrada com a imagem da casa construída com bons alicerces e aquela construída à flor da terra. É fácil perceber o destino de cada uma delas. A primeira se mantém apesar das enchentes, por ter alicerces fortes. A segunda desaba em ruínas, por ter sido construída sem suficiente ponderação.
Quando a pessoa fala ou age, acaba por revelar o tesouro que guarda escondido dentro de si. Quem é bom deixa patente sua bondade interior, realizando gestos de amor. Quem é mau, acostumado a prevalecer-se contra os outros, só poderá tirar do seu coração o que não é bom. Tampouco tem escrúpulo de ludibriar e explorar o seu próximo. A bondade está na ação. Quem é realmente bom será sempre capaz de amar e fazer o bem.
Oração
Senhor Jesus, que eu não me engane, pensando agradar-vos com palavras bonitas, pois são minhas ações que revelarão o tesouro que trago dentro de mim.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Sobre as oferendas
Ó Deus, dignai-vos aceitar este sacrifício na festa de são João Crisóstomo para que, seguindo as suas exortações, também nos ofereçamos a vós com alegria. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Não fostes vós que me escolhestes, diz o Senhor. Fui eu que vos escolhi e vos enviei para produzirdes frutos, e o vosso fruto permaneça (Jo 15,15).
Depois da comunhão
Concedei, ó Deus de misericórdia, que a comunhão recebida na festa de são João Crisóstomo nos confirme no vosso amor e nos transforme em testemunhas da vossa verdade. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (SÃO JOÃO CRISÓSTOMO)
João Crisóstomo foi um grande orador do seu tempo. Todos os escritos dizem que multidões se juntavam ao redor do púlpito onde estivesse discursando. Tinha o dom da oratória e muita cultura, uma soma muito valiosa para a pregação do cristianismo.
João nasceu no ano 309, em Antioquia, na Síria, Ásia Menor, procedente de família muito rica considerada pela sociedade e pelo Estado. Seu pai era comandante de tropas imperiais no Oriente, um cargo que cedo causou sua morte. Mas a sua mãe, Antusa, piedosa e caridosa, agora santa, providenciou para o filho ser educado pelos maiores mestres do seu tempo, tanto científicos quanto religiosos, não prejudicando sua formação.
O menino, desde pequeno, já demonstrava a vocação religiosa, grande inteligência e dons especiais. Só não se tornou eremita no deserto por insistência da mãe. Mas, depois que ela morreu, já conhecido pela sabedoria, prudência e pela oratória eloqüente, foi viver na companhia de um monge no deserto durante quatro anos. Passou mais dois retirado numa gruta sozinho, estudando as Sagradas Escrituras e, então, considerou-se pronto. Voltou para Antioquia e ordenou-se sacerdote.
Sua cidade vivia a efervescência de uma revolta contra o imperador Teodósio I. O povo quebrava estátuas do imperador e de membros de sua família. Teodósio, em troca, agia ferozmente contra tudo e contra todos. Membros do senado estavam presos, famílias inteiras tinham fugido e o povo só encontrava consolo nos discursos e pregações de João, chamado por eles de Crisóstomo, isto é,: "boca de ouro". Tanto que foi o incumbido de dar à população a notícia do perdão imperial.
Alguns anos se passaram, a fama do santo só crescia e, quando morreu o bispo de Constantinopla, João foi eleito para sucedê-lo. Constantinopla era a grande capital do Império Romano, que havia transferido o centro da economia e cultura do mundo de então para a Ásia Menor. Entretanto para João era apenas um local onde o clero estava mais preocupado com os poderes e luxos terrenos do que os espirituais. Lá reinavam a ambição, a avareza, a política e a corrupção moral. Como bispo, abandonou, então, os discursos e dispôs-se a enfrentar a luta e, como conseqüência, a perseguição.
Arrumou inimigos tanto entre o clero quanto na Corte. Todos, liderados pela imperatriz Eudóxia, conseguiram tirar João Crisóstomo do cargo, que foi condenado ao exílio. Mas essa expulsão da cidade provocou revolta tão intensa na população que o bispo foi trazido de volta para reassumir seu cargo. Entretanto, dois meses depois, foi exilado pela segunda vez. Agora, já com a saúde muito debilitada, ele não resistiu e morreu. Era 14 de setembro de 407.
Sua honra só foi limpa quando morreu a família imperial e voltou a paz entre o clero na Igreja. O papa ordenou o restabelecimento de sua memória. O corpo de João Crisóstomo foi trazido de volta a Constantinopla em 438, num longo cortejo em procissão solene. Mais tarde, suas relíquias foram trasladadas para Roma, onde repousam no Vaticano. Dos seus numerosos escritos destacasse o pequeno livro "Sobre o sacerdócio", um clássico da espiritualidade monástica. São João Crisóstomo é venerado um dia antes da data de sua morte, em 13 de setembro, com o título de doutor da Igreja, sendo considerado um modelo para os oradores clérigos.
João nasceu no ano 309, em Antioquia, na Síria, Ásia Menor, procedente de família muito rica considerada pela sociedade e pelo Estado. Seu pai era comandante de tropas imperiais no Oriente, um cargo que cedo causou sua morte. Mas a sua mãe, Antusa, piedosa e caridosa, agora santa, providenciou para o filho ser educado pelos maiores mestres do seu tempo, tanto científicos quanto religiosos, não prejudicando sua formação.
O menino, desde pequeno, já demonstrava a vocação religiosa, grande inteligência e dons especiais. Só não se tornou eremita no deserto por insistência da mãe. Mas, depois que ela morreu, já conhecido pela sabedoria, prudência e pela oratória eloqüente, foi viver na companhia de um monge no deserto durante quatro anos. Passou mais dois retirado numa gruta sozinho, estudando as Sagradas Escrituras e, então, considerou-se pronto. Voltou para Antioquia e ordenou-se sacerdote.
Sua cidade vivia a efervescência de uma revolta contra o imperador Teodósio I. O povo quebrava estátuas do imperador e de membros de sua família. Teodósio, em troca, agia ferozmente contra tudo e contra todos. Membros do senado estavam presos, famílias inteiras tinham fugido e o povo só encontrava consolo nos discursos e pregações de João, chamado por eles de Crisóstomo, isto é,: "boca de ouro". Tanto que foi o incumbido de dar à população a notícia do perdão imperial.
Alguns anos se passaram, a fama do santo só crescia e, quando morreu o bispo de Constantinopla, João foi eleito para sucedê-lo. Constantinopla era a grande capital do Império Romano, que havia transferido o centro da economia e cultura do mundo de então para a Ásia Menor. Entretanto para João era apenas um local onde o clero estava mais preocupado com os poderes e luxos terrenos do que os espirituais. Lá reinavam a ambição, a avareza, a política e a corrupção moral. Como bispo, abandonou, então, os discursos e dispôs-se a enfrentar a luta e, como conseqüência, a perseguição.
Arrumou inimigos tanto entre o clero quanto na Corte. Todos, liderados pela imperatriz Eudóxia, conseguiram tirar João Crisóstomo do cargo, que foi condenado ao exílio. Mas essa expulsão da cidade provocou revolta tão intensa na população que o bispo foi trazido de volta para reassumir seu cargo. Entretanto, dois meses depois, foi exilado pela segunda vez. Agora, já com a saúde muito debilitada, ele não resistiu e morreu. Era 14 de setembro de 407.
Sua honra só foi limpa quando morreu a família imperial e voltou a paz entre o clero na Igreja. O papa ordenou o restabelecimento de sua memória. O corpo de João Crisóstomo foi trazido de volta a Constantinopla em 438, num longo cortejo em procissão solene. Mais tarde, suas relíquias foram trasladadas para Roma, onde repousam no Vaticano. Dos seus numerosos escritos destacasse o pequeno livro "Sobre o sacerdócio", um clássico da espiritualidade monástica. São João Crisóstomo é venerado um dia antes da data de sua morte, em 13 de setembro, com o título de doutor da Igreja, sendo considerado um modelo para os oradores clérigos.
Fonte das leituras: www.domtotal.com.br
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