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Liturgia diária: Dia 19 de Agosto - Sexta-feira XX SEMANA DO TEMPO COMUM (Verde – Ofício do Dia)

Antífona de Entrada
Ó Deus, nosso protetor, volvei para nós o vosso olhar e contemplai a face do vosso ungido, porque um dia em vosso templo vale mais que outros mil (Sl 83,10s).
Oração do dia
Ó Deus, preparastes para quem vos ama bens que nossos olhos não podem ver; acendei em nossos corações a chama da caridade para que, amando-vos em tudo e acima de tudo, corramos ao encontro das vossas promessas, que superem todo desejo. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Ezequiel 37,1-14)
Leitura da profecia de Ezequiel.
37 1 A mão do Senhor desceu sobre mim. Ele me arrebatou em espírito e me colocou no meio de uma planície, que estava coberta de ossos.
2 Ele fez-me circular em todos os sentidos no meio desses ossos numerosos que jaziam na superfície. Vi que estavam inteiramente secos.
3 Disse-me o Senhor: filho do homem, poderiam esses ossos retornar à vida? Senhor Javé, respondi, só vós o sabeis.
4 Ele disse-me então: Profere um oráculo sobre esses ossos. Ossos dessecados, dir-lhes-ás tu, escutai a palavra do Senhor:
5 Eis o que vos declara o Senhor Javé: vou fazer reentrar em vós o sopro da vida para vos fazer reviver.
6 Porei em vós músculos, farei vir carne sobre vós, cobrir-vos-ei de pele; depois farei entrar em vós o sopro da vida, a fim de que revivais. E sabereis assim que eu sou o Senhor.
7 Profetizei, pois, assim como tinha recebido ordem. No momento em que comecei, um barulho se fez ouvir, em seguida um ruído ensurdecedor, enquanto os ossos se vinham unir aos outros.
8 Prestando atenção, vi que se formavam sobre eles músculos, que nascia neles carne e que uma pele os recobria. Todavia, não tinham espírito.
9 Profetiza ao espírito, disse-me o Senhor, profetiza, filho do homem, e dirige-te ao espírito: eis o que diz o Senhor Javé: vem, espírito, dos quatro cantos do céu, sopra sobre esses mortos para que revivam.
10 Proferi o oráculo que ele me havia ditado, e daí a pouco o espírito penetrou neles. Retornando à vida, eles se levantaram sobre seus pés: um grande, um imenso exército.
11 Então o Senhor me disse: filho do homem, esses ossos são toda a raça dos israelitas. Eles dizem: nossos ossos estão secos, nossa esperança está morta; estamos perdidos!
12 Por isso, dirige-lhes o seguinte oráculo: eis o que diz o Senhor Javé: ó meu povo, vou abrir os vossos túmulos; eu vos farei sair deles para vos transportar à terra de Israel.
13 Sabereis então que eu é que sou o Senhor, ó meu povo, quando eu abrir os vossos túmulos e vos fizer sair deles,
14 quando eu meter em vós o meu espírito para vos fazer voltar à vida e quando vos hei de restabelecer em vossa terra. Sabereis então que sou eu o Senhor, que o disse e o executei - oráculo do Senhor.
Palavra do Senhor.
Salmo Responsorial 106/107
Dai graças ao Senhor, porque ele é bom,
porque eterna é a sua misericórdia! 

Que o digam os libertos do Senhor,
que da mão dos opressores os salvou
e de todas as nações os reuniu,
do oriente, ocidente, norte e sul.

Uns vagam, no deserto, extraviados,
sem acharem o caminho da cidade.
Sofriam fome e também sofriam sede,
e sua vida ia aos poucos definhando.

Mas gritaram ao Senhor na aflição,
e ele os libertou daquela angústia.
Pelo caminho bem seguro os conduziu
para chegarem à cidade onde morar.

Agradeçam ao Senhor por seu amor
e por suas maravilhas entre os homens!
Deus de beber aos que sofriam tanta sede
e os famintos saciou com muitos bens!
Evangelho (Mateus 22,34-40)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Fazei-me conhecer vossa estrada, vossa verdade me oriente e me conduza! (Sl 24,4s). 

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
22 34 Sabendo os fariseus que Jesus reduzira ao silêncio os saduceus, reuniram-se
35 e um deles, doutor da lei, fez-lhe esta pergunta para pô-lo à prova:
36 “Mestre, qual é o maior mandamento da lei?”
37 Respondeu Jesus: “Amarás o Senhor teu Deus de todo teu coração, de toda tua alma e de todo teu espírito’”.
38 Este é o maior e o primeiro mandamento.
39 E o segundo, semelhante a este, é: ‘Amarás teu próximo como a ti mesmo’.
40 Nesses dois mandamentos se resumem toda a lei e os profetas”.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
AMAR A DEUS E AO PRÓXIMO
            Jesus simplificou ao máximo as práticas religiosas, resumindo tudo no amor a Deus e ao próximo. Existe, porém, uma estreita correlação entre estes dois mandamentos do amor.
            Amar a Deus consiste em deixá-lo ser o senhor absoluto de nossa existência, sem jamais subjugá-la ao capricho de nenhuma criatura. Este amor coloca o centro da vida humana fora dela mesma, de modo a manter a pessoa sempre aberta para a comunhão e a partilha. Aí não haverá lugar para o egoísmo, para a dominação do próximo, nem para o espírito de competição. O amor a Deus manterá a pessoa em estado contínuo de alerta  diante dos apelos mundanos de busca desenfreada de prazer. Ela não se deixará enganar pela efemeridade das propostas do mundo.
            O amor ao próximo decorre deste amor fundamental. A abertura amorosa para Deus leva a pessoa a defrontar-se com o próximo, a quem se sente impelida a amar com o mesmo empenho e interesse como ama a si mesma. Haverá, entretanto, uma sensibilidade particular em relação aos mais pobres e excluídos, por serem estes objeto de especial predileção por parte de Deus.
            O amor a Deus purifica e prepara o coração humano para o amor ao próximo. Por sua vez, o verdadeiro amor ao próximo deveria  preparar o coração humano para o encontro com Deus. Esta é a religião querida por Jesus.

Oração
Senhor Jesus, faze-me compreender profundamente as exigências do amor a Deus e ao próximo, de modo a centrar minha vida no que é essencial.

 (O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Sobre as Oferendas
Acolhei, ó Deus, estas nossas oferendas, pelas quais entramos em comunhão convosco, oferecendo-vos o que nos destes e recebendo-vos em nós. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da Comunhão
No Senhor se encontra toda graça e copiosa redenção (Sl 129,7).
Depois da Comunhão
Unidos a Cristo por este sacramento, nós vos imploramos, ó Deus, que, assemelhando-nos a ele aqui na terra, participemos no céu da sua glória. Por Cristo, nosso Senhor.

MEMÓRIA FACULTATIVA

SÃO JOÃO EUDES (Branco – Ofício da Memória)

Oração do Dia
Ó Deus, que escolhestes o presbítero são João Eudes para anunciar as incomparáveis riquezas de Cristo, dai-nos seguir seus conselhos e exemplos, a fim de conhecer-vos melhor e viver fielmente à luz do evangelho. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Sobre as Oferendas
Aceitai, ó Deus, as oferendas do vosso povo em honra de são João Eudes; e possamos receber a salvação pelo sacrifício que oferecemos em vossa honra. Por Cristo, nosso Senhor.
Depois da Comunhão
Recebemos, ó Deus, o vosso sacramento em memória do vosso santo João Eudes; concedei que esta eucaristia se transforme para nós em alegria eterna. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (SÃO JOÃO EUDES)
João Eudes nasceu, em 14 de novembro de 1601, na pequena vila de Ri, próxima de Argentan, no norte da França. Era o primogênito de Isaac e Marta, que tiveram sete filhos. Cresceu num clima familiar profundamente religioso. Inicialmente, estudou no Colégio Real de "Dumont", em Caen, dos padres jesuítas. Nos intervalos das aulas, costumava ir à capela rezar, deixando as brincadeiras para o segundo plano. Na adolescência, por sua grande devoção a Maria, secretamente consagrou-se a ela. Depois, sentindo sua vocação religiosa, foi aconselhado a terminar os estudos antes de ordenar-se sacerdote. Em 1623, com o consentimento dos pais, foi para Paris, onde ingressou na Congregação do Oratório, sendo recebido pelo próprio fundador, o cardeal Pedro de Bérulle. Dois anos depois, recebeu sua ordenação, dedicando-se integralmente à pregação entre o povo. Pleno do carisma dos oratorianos, centrados no amor a Cristo, e de sua especial devoção a Maria, passou ao ministério de pregação entre o povo. Visitou vilas e cidades de Ile de França, Bolonha, Bretanha e da sua própria região de origem, a Normandia. Nessa última, quando, em 1627, ocorreu a epidemia da peste, João percorreu quase todas, principalmente as vilas mais distantes e esquecidas. Como sensível pregador, levou a Palavra de Cristo, dando assistência aos doentes e suas famílias. Nunca temeu o contágio. Costumava dizer, em tom de brincadeira, que de sua pele até a peste tinha medo. Mas temia pela integridade daqueles que viviam à sua volta, que, ao seu contato, poderiam ser contagiados. Por isso não entrava em casa e à noite dormia dentro de um velho barril abandonado ao lado do paiol. Inconformado com o contexto social que evoluía perigosamente, no qual as elites dos intelectuais valorizavam a razão e desprezavam a fé, João Eudes, sabendo interpretar esses sinais dos tempos, fundou, em 1643, a Congregação de Jesus e Maria com um grupo de sacerdotes de Caen que se uniram a ele. A missão dos eudianos é a formação espiritual e doutrinal dos padres e seminaristas e a pregação evangélica inserida nas necessidades espirituais e materiais do povo. Além de difundir, por meio dessas missões, a devoção aos sagrados corações de Jesus e Maria. Seguindo esse pensamento, também fundou a Congregação Nossa Senhora da Caridade do Refúgio, para atender às jovens que de desviavam pelos caminhos da vida e às crianças abandonadas. A Ordem deu origem, no século XIX, à Congregação de Nossa Senhora da Caridade do Bom Pastor, conhecida como as Irmãs do Bom Pastor. Com os seus missionários, João dedicou-se à pregação de missões populares, num ritmo de trabalho simplesmente espantoso. As regiões atingidas pelo esforço dos seus missionários foram aquelas que mais resistiram ao vendaval anti-religioso da Revolução Francesa. Coube a João Eudes a glória de ter sido o precursor do culto da devoção dos sagrados corações de Jesus e de Maria. Para isso, ele próprio compôs missas e ofícios, festejando, pela primeira vez, com um culto litúrgico do Coração de Maria em 1648, e do Coração de Jesus em 1672. Hoje, essas venerações fazem parte do calendário da Igreja. Morreu em Caen, norte da França, no dia 19 de agosto de 1680, deixando uma obra escrita de grande valor teológico pela clareza e profundidade. Foi canonizado pelo papa Pio XII em 1925. A festa de são João Eudes comemora-se no dia de sua morte.

Fonte das leituras: domtotatal.com.br

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