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Liturgia diária: Dia 3 de Junho - Quarta-feira SÃO CARLOS LWANGA (Vermelho, Prefácio Pascal ou dos Mártires Ofício da Memória)

Antífona de Entrada
Eis os santos que venceram graças ao sangue do Cordeiro. Preferiram morrer e renegar o Cristo; por isso reinam com ele para sempre, aleluia! (Ap 12,11)
Oração do dia
Ó Deus, que fizestes do sangue dos mártires semente de novos cristãos, concedei que o campo da vossa Igreja, regado pelo sangue de são Carlos e seus companheiros, produza sempre abundante colheita. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (2 Timóteo 1,1-3.6-12)
Leitura da segunda carta de são Paulo a Timóteo.
1 Paulo, apóstolo de Jesus Cristo pela vontade de Deus para anunciar a promessa da vida que está em Jesus Cristo,
2 a Timóteo, filho caríssimo: graça, misericórdia, paz, da parte de Deus Pai e de Jesus Cristo, nosso Senhor!
3 Dou graças a Deus, a quem sirvo com pureza de consciência, tal como aprendi de meus pais, e me lembro de ti sem cessar nas minhas orações, de noite e de dia.
6 Por esse motivo, eu te exorto a reavivar a chama do dom de Deus que recebeste pela imposição das minhas mãos.
7 Pois Deus não nos deu um espírito de timidez, mas de fortaleza, de amor e de sabedoria. 8 Não te envergonhes, portanto, do testemunho de nosso Senhor, nem de mim, seu prisioneiro, mas sofre comigo pelo Evangelho, fortificado pelo poder de Deus.
9 Deus nos salvou e chamou para a santidade, não em atenção às nossas obras, mas em virtude do seu desígnio, da graça que desde a eternidade nos destinou em Cristo Jesus,
10 e agora nos manifestou mediante a aparição de nosso Salvador Jesus Cristo, que destruiu a morte e suscitou a vida e a imortalidade, pelo Evangelho,
11 do qual fui constituído pregador, apóstolo e mestre entre os gentios.
12 É este o motivo por que estou sofrendo assim. Mas não me queixo, não. Sei em quem pus minha confiança, e estou certo de que é assaz poderoso para guardar meu depósito até aquele dia.
Palavra do Senhor.
Salmo Responsorial 122/123
Ó Senhor, para vós eu levanto meus olhos.
 
Eu levanto os meus olhos para vós,
que habitais nos altos céus.
Como os olhos dos escravos estão fitos
nas mãos do seu senhor.
 
Como os olhos das escravas estão fitos
nas mãos de sua senhora,
assim os nossos olhos no Senhor,
até de nós ter piedade.
Evangelho (Marcos 12,18-27)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu sou a ressurreição, eu sou a vida, quem crê em mim, ainda que morra, viverá (Jo 11,25s).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
12 18 Ora, vieram ter com Jesus os saduceus, que afirmam não haver ressurreição, e perguntaram-lhe:
19 “Mestre, Moisés prescreveu-nos: Se morrer o irmão de alguém, e deixar mulher sem filhos, seu irmão despose a viúva e suscite posteridade a seu irmão.
20 Ora, havia sete irmãos; o primeiro casou e morreu sem deixar descendência.
21 Então o segundo desposou a viúva, e morreu sem deixar posteridade. Do mesmo modo o terceiro.
22 E assim tomaram-na os sete, e não deixaram filhos. Por último, morreu também a mulher.
23 Na ressurreição, a quem destes pertencerá a mulher? Pois os sete a tiveram por mulher”.
24 Jesus respondeu-lhes: “Errais, não compreendendo as Escrituras nem o poder de Deus.
25 Na ressurreição dos mortos, os homens não tomarão mulheres, nem as mulheres, maridos, mas serão como os anjos nos céus.
26 Mas quanto à ressurreição dos mortos, não lestes no livro de Moisés como Deus lhe falou da sarça, dizendo: ‘Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó’?”
27 Ele não é Deus de mortos, senão de vivos. Portanto, estais muito errados.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
O DEUS DOS VIVOS
A ressurreição dos mortos era uma doutrina rejeitada pelos saduceus e aceita pelos fariseus. A pergunta dos saduceus visa, em vão, fazer Jesus optar por uma destas facções.
O exemplo contado pelos saduceus peca gravemente por interpretar, de maneira indevida, a ressurreição dos mortos com categorias terrenas. O esquema da história dos sete casamentos sucessivos da mulher com sete diferentes homens vale para a existência terrena. Com a ressurreição se passa de modo diverso. Aí não se pode falar de casar e dar-se em casamento, pois a condição do ser humano após a morte o faz semelhante aos anjos no céu, ou seja, não subordinado às categorias de espaço e tempo e não sujeitos às carências próprias da existência terrena. Não vale falar em relação matrimonial em se tratando da ressurreição.
A resposta de Jesus redunda em denúncia da concepção de ressurreição tanto dos fariseus quanto dos saduceus. Eles, sem dúvida, viviam em constante litígio por causa de problemáticas inconvenientes em torno das quais giravam suas reflexões. Jesus propõe a ambos refazerem seu modo de pensar e não atrelarem as coisas de Deus a seus próprios esquemas. A perspectiva aberta parte do pressuposto de ser seu Deus o Deus de vivos e não de mortos. Junto dele, as categorias terrenas perdem seu valor. Quem quiser pensar a ressurreição deve partir da indicação dada por Jesus, senão se enredará em falsos problemas.

Oração
Senhor Jesus, ajuda-me a pensar corretamente o mistério da ressurreição sem projetar nele minhas categorias humanas.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
Sobre as Oferendas
Nós vos apresentamos, ó Pai, nossas oferendas e vos suplicamos humildemente: assim como destes a vossos mártires a força de preferir a morte ao pecado, fazei-nos inteiramente dedicados ao serviço do vosso altar. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da Comunhão
Se morrermos com Cristo, viveremos com ele; se perseverarmos, com ele reinaremos, aleluia! (Jo 14,26)
Depois da Comunhão
Participamos, ó Deus, da eucaristia, comemorando a vitória de vossos mártires; fazei que os mesmos sacramentos que lhes deram a força de suportar as torturas nos tornem constantes na fé e na caridade em meio a todas as provações. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (SÃO CARLOS LWANGA)
O povo africano talvez tenha sido o último a receber a evangelização cristã, mas já possui seus mártires homenageados na história da Igreja Católica. O continente só foi aberto aos europeus depois da metade do século XIX. Antes disso, as relações entre as culturas davam-se de forma violenta, principalmente por meio do comércio de escravos. Portanto, não é de estranhar que os primeiros missionários encontrassem, ali, enorme oposição, que lhes custava, muitas vezes, as próprias vidas. A pregação começou por Uganda, em 1879, onde conseguiu chegar a "Padres Brancos", congregação fundada pelo cardeal Lavigérie. Posteriormente, somaram-se a eles os padres combonianos. A maior dificuldade era mostrar a diferença entre missionários e colonizadores. Aos poucos, com paciência, muitos nativos africanos foram catequizados, até mesmo pajens da corte do rei. Isso lhes causou a morte, quase sete anos depois de iniciados os trabalhos missionários, quando um novo rei assumiu o trono em 1886. O rei Muanga decidiu acabar com a presença cristã em Uganda. Um pajem de dezessete anos chamado Dionísio foi apanhado pelo rei ensinando religião. De próprio punho Muanga atravessou seu peito com uma lança, deixou-o agonizando por toda uma noite e só permitiu sua decapitação na manhã seguinte. Usou o exemplo para avisar que mandaria matar todos os que rezavam, isto é, os cristãos. Compreendendo a gravidade da situação, o chefe dos pajens, Carlos Lwanga, reuniu todos eles e fez com que rezassem juntos, batizou os que ainda não haviam recebido o batismo e prepararam-se para um final trágico. Nenhum desses jovens, cuja idade não passava de vinte anos, alguns com até treze anos de idade, arredou pé de suas convicções e foram todos encarcerados na prisão em Namugongo, a setenta quilômetros da capital, Kampala. No dia seguinte, os vinte e dois foram condenados à morte e cruelmente executados. Era o dia 3 de junho de 1886, e para tentar não fazer tantos mártires, que poderiam atrair mais conversões, o rei mandou que Carlos Lwanga morresse primeiro, queimado vivo, dando a chance de que os demais evitassem a morte renegando sua fé. De nada adiantou e os demais cristãos também foram mortos, sob torturas brutais, com alguns sendo queimados vivos. Os vinte e dois mártires de Uganda foram beatificados em 1920. Carlos Lwanga foi declarado "Padroeiro da Juventude Africana" em 1934. Trinta anos depois, o papa Paulo VI canonizou esse grupo de mártires. O mesmo pontífice, em 1969, consagrou o altar do grandioso santuário construído no local onde fora a prisão em Namugongo, na qual os vinte e um pagens, dirigidos por Carlos Lwanga, rezavam aguardando a hora de testemunhar a fé em Cristo.

Fonte das leituras: domtotal.com

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